domingo, 20 de janeiro de 2008

Expiação, na Sétima Arte.

Do mesmo realizador de “Orgulho e Preconceito”, chegou às salas de cinema, dia 17 de Janeiro, o filme “Expiação” – ou Atonement em Inglês. Baseado no best-seller do escritor britânico Ian McEwan, este é um filme complexo e cheio de significações. Aborda inúmeros temas, desde o poder da criatividade, aos horrores da Segunda Guerra, mas é, sem dúvida, a natureza dos sentimentos humanos, que Joe Wright dá maior destaque. Põe em clara evidência os dramas humanos, a culpa, o arrependimento e a necessidade de expiação. O filme tem como pano de fundo a Inglaterra dos anos 1930 para contar a história de uma mulher que se penitencia ao longo de uma vida por um acto que cometeu em criança e que levou à separação de um casal.

Embora eu estivesse um pouco céptica em relação ao filme, porque não partilho, por vezes, do mesmo gosto por filmes de época. Uma coisa é certa, neste essa situação passa para um segundo plano. É um filme embebido de uma visão tipicamente Britânica e muito me surpreendeu, não só pela banda sonora [fabulosa, na minha opinião!], mas também, pela concepção original de um ideal de amor que é raramente explorada pela indústria cinematográfica. Com este filme, ousou-se ir contra o típico estereotipo de final feliz, e enfatizou-se a necessidade de explorar outros contextos. Em 2005, Joe Wright já tinha estreado com bastante sucesso "Orgulho e Preconceito", outra transposição literária, dessa vez um clássico de Jane Austen. Não me espanta, portanto, a mestria deste realizador, no que se refere sobretudo a adaptações literárias para o grande ecrã.

A banda sonora e o elenco, tornam este filme, até ao momento, como um dos candidatos favoritos aos óscares 2008.

2 comentários:

Anónimo disse...

Parece ser interessante, mas o meu "Advogado do Diabo" continua a ser a referencia,

RIcardo

Anónimo disse...

Este filme é soberbo! É de uma riqueza de sentimentos impressionante...Destaco os cenários primaveris e claro, o amor entre a Cecilia e o Robbie que acreditaram sempre que iriam ter a oportunidade de recomeçar. "Volta, volta para mim...".
Sofia